segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023


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POR QUE RAZÃO OS HOMENS

RARAMENTE ESTÃO DEPRIMIDOS?


- Não engravidam ...
- Os mecânicos nunca os conseguem

enganar ...
- Nunca precisam de procurar outro

posto de gasolina para achar um casa

 de banho limpa ...
- As rugas são traços de carácter ...
- A barriga é prosperidade...
- Os cabelos brancos são charme...
- Ninguém fica olhar para os peitos

deles quando estão falando ...
- Os sapatos não lhes magoam os pés ...
- As conversas ao telefone duram

 apenas 3 minutos ...
- Para férias de 5 dias, só precisam de

 Uma mochila ...
- Se na mesma festa aparecer outro

usando uma roupa igual, não há

problema ...
- Ficam a ver televisão com um amigo

durante horas, em total silêncio, sem

 terem que pensar.

 -Mesmo que um amigo se esqueça de

 os convidar para alguma festa, vão

continuar a ser amigos .
- A roupa interior deles custa no

 máximo 20 euros (em pacote de 3) ...
- Três pares de sapatos são mais que

suficientes  (o que, aliás, é a pura

 verdade)
- São incapazes de perceber que a

 roupa está amarrotada ...
- O modelo de corte de cabelo deles

 pode durar anos, aliás, décadas ...
- Meia dúzia de cervejas e um jogo

de futebol na televisão são suficientes

para extrema felicidade ...
 - Os shoppings não lhes fazem a

 menor falta ...
- Podem deixar crescer o bigode ...
- Se um amigo lhes chamar gordo,

 careca, etc., não abala em nada a

amizade ... (aliás, é prova

de grande amizade)
- Conseguem comprar presentes de

 Natal para 25 pessoas, no dia 24

 de Dezembro em 25 minutos

(no máximo !).

Há duas coisas que indicam fraqueza

 Na mulher:

Cala-se quando devia falar.

E fala quando devia estar calada.

 

 

 

 

 

O senhor Leafar tinha como propridade 

apenas 17 vacas, que deixou aos seus três 

filhos como segujnte testamento:

Quando morreu o testamento foi aberto, 

dizia o seguinte: 

Que metade das vacas ficaria para o filho 

mais velho, um terço para o segundo e 

um nono para o terceiro.

O que fazer?
Eram dezassete vacas; como dar metade ao

mais velho? Uma vacas deveria ser cortada 

ao meio?
Tal não iria resolver, porque um terço deveria

ser dado ao segundo filho. E a nona parte ao

terceiro.
É claro que os filhos correram em busca do

homem mais erudito de Vila Flor, um senhor

estudioso e bom matemático.
Ele raciocinou muito e não conseguiu

 equacionar aquele problema, apesar fazer 

 parte da matemática.

Então alguém sugeriu: "É melhor procurarem

alguém que saiba de vacas, não de matemática".
Procuraram assim, um vaqueiro transmontano

que era um  homem bastante idoso e pouco

 literato, mas com muito saber de experiência

feito.
Contaram-lhe o problema.
O velho riu-se e disse-lhe: "É muito simples, 

não se preocupem, eu resolvo-vos o problema

 da divisão das vacas".

`O geronte emprestou-lhes uma das suas  vacas.

Agora eram 18 vacas.

Depois fez a divisão: Nove foram dadas

ao primeiro filho, que ficou muito satisfeito.

 Ao segundo coube a terça parte - seis vacas

- e ao terceiro filho foram dadas duas vacas

- a nona parte. Sobrou uma vaca, que foi

A  que o velho emprestou.
O senecto levou a sua de volta e disse:

"Agora podem ir emboraque herança está 

repartida de acordo com o testatamento".

Este saber consuetudinário, mostra qual é
diferença entre a sabedoria e a erudição.

Ele conclui dizendo: "A sabedoria é prática,

o que não acontece com a erudição. A cultura

é abstrata, a sabedoria é terrena; a erudição

são palavras e a sabedoria é experiência."
Aqu
i está a divisão que ele fez:

 Dmonstração da divisão

17+1= 18. Agora  são 18 com a vaca  

emprestada.

1º filho- 18/2= 9 vacas

2º '' - 18/3= 6 vacas
3º '' - 18/9= 2 vacas

9+6+2= 17 vacas (está cumprido o

 testamento).

18-17=1
sobrou 1 vaca que foi entregue ao seu

proprietário.
Nota:
Isto também funciona com burros ou camelos..., 

já que em Portugal temos muitos das duas 

espécies….!

 

Ciclone de 1941: a marca que uma tempestade pode deixar

 

As tempestades são mais do que meros fenómenos naturais, sobretudo quando atingem as populações e causam estragos. Algumas deixam uma marca que perdura por décadas. Foi o caso do ciclone de 1941 em Portugal.

Esta foi uma das tempestades mais violentas a afectar o país inteiro. Estima-se que tenham morrido mais de cem pessoas, incluindo várias crianças, e que outras centenas ficaram feridas. Os estragos foram avultados: os telhados das casas voaram, as chaminés caíram, centenas de barcos afundaram-se. Por todo o país, milhares de árvores foram arrancadas com a força do vento.

A primeira vez que olhei com mais atenção para o ciclone de 1941 foi no dia de Natal. Ouvi falar nas fortes tempestades de vento e de neve nos Estados Unidos, que causaram várias mortes e impediram viagens pelo país coberto de gelo. Tentei perceber se já tinha havido um fenómeno de ciclogénese explosiva semelhante em Portugal. resposta foi "sim".

Não é um fenómeno assim tão raro. Basicamente, acontece quando a pressão atmosférica baixa abruptamente num curto espaço de tempo. O ciclone era o nome dado na altura: agora, seria considerado uma tempestade extratropical com ventos extraordinariamente fortes.

Há 82 anos, a 15 de Fevereiro de 1941, essa tempestade de vento afectou todo o país e ainda provocou danos em Espanha. A intempérie varreu o território continental de sudoeste para nordeste, de Sagres a Bragança. Houve zonas do país em que a força do vento foi mais devastadora. Em Alhandra, por exemplo, morreram dezenas de pessoas afogadas nas águas do Tejo.

Quando comecei a pesquisar o tema,encontrei relatos apavorantes desse dia nos jornais de então. Precisamente em Alhandra, o trabalhador João Pereira, que estava no mouchão mesmo em frente à vila, relatava ao jornal O Século o que tinha vivido. "Foi horrível", começava por descrever. E continuou:

"Eu, o meu filho, Vitorino Pereira, e mais 27 companheiros logo que a tempestade começou tomámos as precauções possíveis. Recolhemos o gado e fomos todos para o sótão da Abegoaria. O vento assobiava de tal forma que parecia querer levar tudo pelos ares. Mulheres e crianças choravam.

Em dado momento, o telhado voou em estilhas. Os gritos e as súplicas redobraram. Era um inferno!... E o vento cada vez a soprar mais forte! A água subia, inundando tudo. Não houve remédio senão utilizar o último recurso que nos restava: passámos para o telhado da casa dos bois. Depois, não sabemos explicar como aquilo foi! Não sei! Não posso explicar.

Veio uma onda. Outra. Fechei os olhos… Ao dar por mim, estava sobre uma esteira. Conforme pude agarrei outras duas esteiras, que flutuavam junto a mim. Serviram-me de recurso. Com esta espécie de jangada procurei alcançar terra no outro mouchão (terreno elevado no meo das lezírias pela acumulação de aluviões). Perto, seguia meu filho, lutando também com as vagas; mais atrás, três outros companheiros". 

Depois, conta como viu um pai e dois filhos serem levados pelas ondas do rio. "Parece que ainda os estou a ver… O Armando e o Manuel [de 19 e 13 anos] gritavam pelo pai. Este, esbracejando nas ondas, bem lhes queria valer, mas não podia. Houve um golpe mais forte de vento. As águas ergueram-nos a grande altura. Depois não mais consegui vê-los! Devem ter morrido, agarrados um ao outro. Quanto ao pai ainda o vi esbracejar para logo ser também engolido pelas vagas. Que horror". E findou: "Dos outros companheiros não sei. Devem estar mortos". No dia seguinte, eram mesmo dados como mortos no jornal.

Quando fui em reportagem, quem ainda se lembrava da passagem deste ciclone em Alhandra dizia que tinha sido um "demónio" de vento e de destruição. Até hoje, disse-nos o meteorologista do IPMA Paulo Pinto, nenhuma tempestade provocou tamanha destruição em Portugal, se analisarmos o território continental como um todo. Houve outros fenómenos intensos – como as cheias de 1967 ou a tempestade Leslie, em 2018 –, mas foram mais localizados. "Nada que se comparasse com isto...", garantiu o meteorologista.

Falei ainda com Rosária Cardoso, de 85 anos, que nos confiou que a única memória que tem do pai é do dia em que ele morreu por causa do ciclone. Foi na aldeia da Gralheira, no distrito de Viseu, que o seu pai, Joaquim do Simplício, foi atirado pelo vento e acabou por morrer. Ficou coberto de neve.

Este é também um retrato da situação em que vivia o país em 1941. É a história de como um desastre natural desfez num sopro o sustento de milhares de pessoas, que se dedicavam à pesca e à agricultura. Ficaram sem apoio num país marcado pela pobreza e pela ditadura. "Foi uma situação catastrófica para o país", resumiu-nos a geógrafa Adélia Nunes.

Apesar de ser uma tragédia do passado, permite-nos também olhar para o futuro. Mesmo não havendo provas de que as tempestades de vento, como esta de 1941, se possam tornar mais frequentes com as mudanças no clima, o que sabemos é que as alterações climáticas tornarão outros eventos meteorológicos extremos mais frequentes e mais intensos. Os avisos são claros – e a prevenção e adaptação não podem ficar para amanhã.