Já há alguns anos, que um indivíduo sem-abrigo
gordo
e forte, com cerca 40 anos de idade, que
viveu nas ruas
de Almada, mais de 20 anos!
Ele não pedia nada a ninguém nem roubava, mas tinha
sempre um ar agressivo para toda
gente, e chegou a
agredir jovens, quando o viam a virar os
caixotes do
lixo para retirar os restos de comida, que era
o seu
principal alimento. Quando ele estava
nessa tarefa eu
também olhava para ele e ele dizia: o que é queres?
Há pouco tempo viu-o perto do Parque das
Nações - Lisboa, alguém o levou para lá, talvez,
compulsivamente!
Eu decidi fazer este soneto em relação ao seu
comportamento inédito. Também não aceitava
roupas ou comida de ninguém, vestia-se das
que
encontrava nos caixotes do lixo.
Os miúdos puseram lhe o nickname de bezunta
O néscio tem estomago como um triturador
Come todos os restos e não causa doença
Quando se abaixa vesse o órgão reprodutor
Ao expor-se e mostra uma certa insolência.
Ele nunca se lava, só usa sórdidos fatos
A fragrância que exala é de pura agressão
Quando caminha expele tantos flatos
Que parece defecar-se por sublimação.
Imita soldado a marchar a toque de caixa
Expele flatos de alto som como um tambor
Toda a residente que tem a janela baixa
Depressa a fecha ao vê-lo passar na rua
Não o quer ver, nem sentir o seu odor
A matéria fecal de alho e a cebola crua