domingo, 14 de julho de 2024

                   

 AUTO RETRATO GRÁFICO DE RAFAEL

 

 Cabelos grisalhos, olhos castanhos, moreno

Bem servido de peso, com 1,74 de altura.

Vulgar aspecto, simples, amarelada figura,

Nariz semi- achatado mas não pequeno.

 

 Com propensão para as grandes mudanças.

É sensível a carências alheias de toda a ordem

Avesso a fingimentos, impostura à desordem

Aos anárquicos e sabujos não dá fianças.

 

 Católico pouco convicto, detesta fanatismos

Não evita críticas ao bronco e ao charlatão

Recusa a alinhar  com certos  populismos.

 

 Eis o Rafael de Souza de exíguo talento inato

Fraca figura, sem cultura e pouca  apresentação

A sociedade e os pais fizeram-lhe este  retrato

                       POEMA

 

          Se ao menos, eu fosse metade por fora

          A figura que sou e sinto por dentro

          Teria mais sorte, amigos, seria o centro

          ,Assim, marginalizado e vão-se embora

        

           A figura exterior supera muito a abstrata

          Aqueles que analisam  só com os sentidos

          O que não alcança a vista e os ouvidos

          È essência, Alma a matéria mais exata

 

          O meu especto visível é meu lado  pior

          Sou analisado só pelo superficialidade

          A minha face mente não mostra o melhor

         

         Incapaz de mostrar outra parte do verso

         Onde está o  vero carácter, na realidade

         Só ponho  à prova visível o meu anverso

           

 

                           
                    

 

       
               

           

 


 

 

 A  Guerra  de África Angloa, Guine 

e Moçambique

 

 Minha geração esteve nestas guerras

  Lutas armadas sem nenhum  sentido

          Foram feitas por ignorância e castigo

         Para quem defendeu aquelas terras

 

 Ali, só se ouvia o canto da espingardas

 Onde apetecia chorar, ninguém chora

 Todo o ruído era receoso a certa hora

 De noite tudo quieto fazendo guardas.

 

 Dias  de dura chuva e cálidos estios

Noites de breu o ar em gume de arrepios

Onde medo era mais frio que o frios

 

 Na guerra espreitava sempre a morte

 Nos vales, montes, na mata ou nos rios

      Na guerrilha não há lei do mais forte!