domingo, 9 de julho de 2017

O Bezunta

Há muitos anos, que um indivíduo sem abrigo gordo e forte, com cerca
50 anos de idade, que viveu  nas ruas de Almada mais de 20 anos.
 Ele não pedia nada a ninguém nem roubava, mas tinha sempre  um
ar agrssivo para toda gente, e chegou a agredir jovens, quando o viam
a virar os caixotes do lixo para retirar os restos de comida. que era o
 seu principal alimento.
Há pouco tempo viu-o em Lisboa, alguém o levou para lá talvez,
compulsivamente!

Eu decide fazer este soneto em relação ao seu comportamento

                                  O bezunta

O néscio tem estomago como um triturador 
Come todos  os restos e nada lhe faz doença         
Quando se abaixa vesse o orgão reprodutor 
Ao expõr-se e mostra uma certa insolência 


Ele nunca se lava , só usa sórdidos fatos
A fragrância que exala é  pura agressão
Quando caminha expele tantos flatos
Que parece defecar-se por sublimação


Imita soldado a  marchar a toque de caixa  
Expele flatos de alto som como um  tambor
Toda a residente que tem a janela baixa


Depressa a fecha ao vê-lo passar na rua
Não o quer ver, nem sentir o seu odor
A matéria fecal de alho e  a cebola crua

Diferença entre completo e acabado

Durante uma recente competição linguística em Vila Flor,
em que estiveram presentes os melhores professores da 
região e muitas pessoas que a maioria só tinha a quarta 
classe
Houve várias  perguntas e respostas sobre a forma mais
 correta de  falar e escrever o idioma português.
Mas o vencedor convincente e muito ovacionado
 foi um pequeno agricultor da Freguesia de Lodões. 
Um homem que depois de ter feito, o que hodiernamente 
chamam primeiro ciclo, nunca mais pegou num livro!
A pergunta final foi a seguinte:
Como explicar a diferença entre COMPLETO e ACABADO 
de maneira fácil de entender toda gente?
Há pessoas que afirmam NÃO existir nenhuma diferença
entre COMPLETO e ACABADO.
O Agricultor  deu uma resposta inteligentíssima:
Quem casar com  uma mulher certa está COMPLETO.
Mas se casar com a mulher errada  está ACABADO.
E quando a mulher certa o apanha junto com a mulher
errada, você está ACABADO por COMPLETO!


A famosa loja do Transmontano

Um comerciante da região do Nordeste
Transmontano, mais precisamente no
Vale da Vilariça, tinha uma Loja, que ganhou
muita fama nacional e até internacional. Pois
quase tudo o que uma pessoa precisasse,
podia-se encontrar na sua loja.
Desde mercearias, vinho, cerveja, café, queijo,
bom presunto, azeitonas, pesticos passando
por linguiças e torresmos e muitos aperitivos, 
até. Peças para a FIAT, Renault, BMW, Merceds,
 Ferraris e Boeing 737, ferro velho, etc.
 Era incrível!
Um certo dia, Um urbígena e urbícola de Lisboa
 soube da fama dessa loja através de uns 
amigos que eram dessa região. 
 Um dia, resolveu ir de férias para o Norteste e por 
 curiosidade  quis ir  ver essa dita loja. Mas  
quando a viu com tão pouca apresentação só
 entrou para achincalhar o velho comerciante.
Ocorreu então a seguinte conversa:
- Boa tarde, ouvi dizer que nesta mercearia tem
de tudo um pouco!
- Pois é, tenho umas coizinhas sim, senhor…
- Tem PODELA?
O transmontano, meio surpreso, não deu parte
 de fraco e respondeu:
- Hoje não tenho, mas, se o senhor passar aqui
amanhã, eu arranjo-lhe isso com certeza.
- OK, então depois eu passo por aqui.
O finório saiu deixando o homem encabulado.
Não era para menos, o lisboeta tinha inventado  
aquela palavra, só para o sacanear.
- Podela, podela, quem é que terá? O que é isso?
 pensava o pobre homem! No final da tarde,
fechou a loja e foi indagar se alguém sabia o
 que era PODELA, mas não encontrou ninguém
que soubesse o que era.
Com medo de que a loja perdesse a boa fama
e desesperado foi para casa, bebeu quase um 
litro de vinho, comeu uma tremenda feijoada
à transmontana, torresmo e chouriço e fechou  
com um bom bagaço de origem  da famosa
 uva da Corredoura na Região da Vilariça.
Acordou de madrugada com uma tremenda dor de
 Barriga! Foi à casa de banho e projetou aquele
“barro” no bidé , que nem ele próprio conseguia
 aguentar o cheiro.
Colocou aquela “coisa” num balde velho de zinco 
fez uma fogueira por baixo para secar.
 Após algumas horas, já bem seca, retirou-a e
moeu-a com um martelo numa laje até ficar em pó
e depois empacotou-a.
De manhã, levou esse produto para loja.
Pouco depois chegou o lisboeta todo cheio de si
e louco para ver a cara do transmontano pensando
 que não tinha a sua encomenda!
- Conseguiu a minha encomenda?
- Claro, está aqui, o senhor pode provar só para
ver se está como o senhor quer.
O “chico esperto”:
- Dê cá isso. 
 Encheu uma colher da sopa daquele pó e meteu-a
 na boca:
- Ó cum raio! Isto é merda!
O transmontano: 
- Não é merda senhor!  É  "PÓ DELA pura"!