Estou nas sete quintas
Sabia que a
expressão popular "estar nas sete quintas"
está relacionada com o local onde se encontra
a Base
Naval de Lisboa, no Alfeite?
Hoje, damos-lhe
a conhecer esta história que remonta
ao século XVII. Tudo começou em 1690, quando o
Senhor da Casa
do Infantado, D. Pedro II, adquiriu a
Quinta do Alfeite aos Condes de Tarouca. Esta
foi a
primeira propriedade a compor o conjunto de
sete
propriedades
que deram origem à expressão.
Ao longo do
tempo e de diferentes reinados, outras
quintas foram
adicionadas a este património. O Infante
D. Francisco,
irmão de D. João V, contribuiu adquirindo
a quinta da "Quintinha" e,
posteriormente, as quintas
do
"Outeiro" e do "Antelmo". As aquisições continuaram
com o Infante D. João, futuro D. João VI, que
comprou
as Quintas da "Romeira" e da
"Bomba" durante o
reinado de D.
Maria I.
A última
propriedade a juntar-se a este conjunto foi a
Quinta da
"Piedade", adquirida durante o reinado de
D. Miguel.
Assim, ficaram estabelecidas as sete quintas
que compunham a
"Casa do Infantado".
Embora ao longo
do tempo algumas destas quintas
tenham sido
vendidas, a Quinta do Alfeite permaneceu
integralmente preservada. Hoje em dia, ela
constitui a
localização
central da Base Naval de Lisboa, mantendo
viva a história
deste conjunto patrimonial único.
A expressão em
si significava felicidade, pois quando
se perguntava
onde estava o Rei e ele se encontrava
nestas
propriedades, que tanto gostava, dizia-se que "
se encontrava
nas suas sete quintas" e assim foi
ficando ao longo dos séculos e até hoje.
É interessante
perceber como expressões populares
muitas vezes têm raízes históricas, e neste
caso, a
ligação com a
principal casa da Marinha, a Base
Naval de
Lisboa, no Alfeite.
Estamos sempre nas sete quintas .
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