terça-feira, 21 de novembro de 2023

 

Estou nas sete quintas

 

Sabia que a expressão popular "estar nas sete quintas"

 está relacionada com o local onde se encontra a Base

 Naval de Lisboa, no Alfeite?

Hoje, damos-lhe a conhecer esta história que remonta

 ao século XVII. Tudo começou em 1690, quando o

Senhor da Casa do Infantado, D. Pedro II, adquiriu a

 Quinta do Alfeite aos Condes de Tarouca. Esta foi a

 primeira propriedade a compor o conjunto de sete

propriedades que deram origem à expressão.

Ao longo do tempo e de diferentes reinados, outras

quintas foram adicionadas a este património. O Infante

D. Francisco, irmão de D. João V, contribuiu adquirindo

 a quinta da "Quintinha" e, posteriormente, as quintas

do "Outeiro" e do "Antelmo". As aquisições continuaram

 com o Infante D. João, futuro D. João VI, que comprou

 as Quintas da "Romeira" e da "Bomba" durante o

reinado de D. Maria I.

A última propriedade a juntar-se a este conjunto foi a

Quinta da "Piedade", adquirida durante o reinado de

D. Miguel. Assim, ficaram estabelecidas as sete quintas

que compunham a "Casa do Infantado".

Embora ao longo do tempo algumas destas quintas

tenham sido vendidas, a Quinta do Alfeite permaneceu

 integralmente preservada. Hoje em dia, ela constitui a

localização central da Base Naval de Lisboa, mantendo

viva a história deste conjunto patrimonial único.

A expressão em si significava felicidade, pois quando

se perguntava onde estava o Rei e ele se encontrava

nestas propriedades, que tanto gostava, dizia-se que "

se encontrava nas suas sete quintas" e assim foi

 ficando ao longo dos séculos e até hoje.

É interessante perceber como expressões populares

 muitas vezes têm raízes históricas, e neste caso, a

ligação com a principal casa da Marinha, a Base

Naval de Lisboa, no Alfeite.

Estamos sempre nas sete quintas .

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