terça-feira, 7 de julho de 2015

Coincidência entre dois conterrâneos

Numa aldeia viviam dois homens que tinham o mesmo
nome:
Joaquim Gonçalves era um sacerdote.
 O outro, taxista.
 Quis os destinos que morressem no mesmo dia.
Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os.
- O teu nome?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote?
- Não, sou o taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bom, ganhaste o paraíso. Levas esta túnica com fios de
 Ouro e este cetro de platina com incrustações de rubis.
Podes entrar.
- O teu nome?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote?
- Sim, sou eu mesmo.
- Muito bem, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta
Bata de linho e este cetro de ferro.
O sacerdote diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou o Joaquim
Gonçalves, o sacerdote!
- Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de
Linho e...
- Não pode ser! Eu conheço o outro senhor. Era taxista,
vivia na minha aldeia e era um desastre! Subia os passeios,
batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e
 assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das
multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 75
 anos pregando todos os domingos na paróquia.
Como é que ele recebe a túnica com fios de ouro e eu... isto?
- Não é nenhum engano - diz São Pedro. - Aqui no céu,
estamos a fazer uma gestão mais profissional, como a que
vocês fazem lá na Terra.
 - Não entendo!
 - Eu explico-te: 
 Agora orientamo-nos por objetivos.
 É assim: durante os últimos anos, cada vez que tu pregavas,
as pessoas dormiam. E cada vez que ele conduzia o táxi, as
pessoas começavam a rezar.
- Resultados! Percebeste? Gestão por Objetivos! O que interessa
são os resultados, a forma de lá chegar é completamente
 secundária.



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