quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

No acróstico deste poema pode-se

descobrir o autor:

 

Rumei direto a Lisboa maior cidade

Abandonei uma dura faina agrícola

Farto deste trabalho sem dignidade

Agarrei-me um trabalho mais nobre

Empregado no foro castrense e urbìcola

Libertei-me de ser menos estulto e pobre


Cumpri sempre o meu devido dever

Onde exerci com lealdade as funções

 Este emprego que nunca quis perder

 Limitei críticas para acautelar o futuro

 Homens que exibiam bem seus galões

 Obrigaram-me muito a um silêncio duro


 Dias tive de sorumbático e monotonias 

 E convivi com insolentes por necessidade

 Somei muito mais tristezas que alegrias

 Oposição provinha da parca idoneidade

 Undícola fui e nos maus zéfiros me senti

 Zé ninguém, para ter aqui continuidade

Ajudas não tive, mas alguns sabujos venci

 Alguns ditados populares:   

  A  ambição cerra o coração

> A pressa é inimiga da perfeição
> Águas passadas não movem moinhos
> Amigo não empata amigo
> Amigos amigos negócios à parte
> Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura
> A união faz a força
> A ocasião faz o ladrão
> A ignorância é a mãe de todas as doenças
> Amigos dos meus amigos, meus amigos são
> A cavalo dado não se olha a dente
> Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo,

não enganam o mundo
> Antes só do que mal acompanhado
> A pobre não prometas e a rico não devas.
> A mulher e a sardinha, querem-se da mais pequenina
> A galinha que canta como galo corta-lhe o gargalo
> A boda e a batizado, não vás sem ser convidado
> A galinha do vizinho é sempre melhor que a minha
> A laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata
> A necessidade aguça o engenho
> A noite  não é boa conselheira
> A ociosidade é mãe de todos os vícios
> A palavra é de prata e o silêncio é de ouro
> A palavras (ocas|loucas) orelhas moucas
> A pensar morreu um burro
> A roupa suja lava-se em casa
> Antes só que mal acompanhado
> Antes tarde do que nunca
> Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre

 seus irmãos o desamparam
> Ao rico não faltes, ao pobre não prometas
> As palavras voam, a escrita fica
> As (palavras ou conversa ...) são como as

cerejas, vêm umas atrás das outras
> Até ao lavar dos cestos é vindima
> Água e vento são meio sustento
> Águas passadas não movem moinhos
   Boi velho gosta de erva tenra
> Boca que apetece, coração que padece
> Baleias no canal, terás temporal
> Boa fama granjeia quem não diz mal da vida alheia
> Boa romaria faz, quem em casa fica em paz
> Boda molhada, boda abençoada
> Burro velho não aprende línguas
> Burro velho não tem andadura e se tem pouco dura
> Burro velho palha nova!...

 Burro com fome cardos come

Cada cabeça sua sentença

> Chuva de São João, tira vinho e não dá pão
> Casa roubada, trancas à porta
> Casarás e amansarás
> Criou a fama, deite-se na cama
> Cada qual com seu igual
> Cada ovelha com sua parelha
> Cada macaco no seu galho
> Casa de ferreiro, espeto de pau
> Casamento, apartamento
> Cada qual é para o que nasce
> Cão que ladra não morde
> Cada qual sabe onde lhe aperta o sapato
> Com vinagre não se apanham moscas
> Coma para viver, não viva para comer
> Com o direito do teu lado nunca receies dar brado
> Candeia que vai à frente alumia duas vezes
> Casa de esquina, ou morte ou ruína
> Cada panela tem a sua tampa
> Cada um sabe as linhas com se cose
> Cada um sabe de si e Deus sabe de todos
>Casa onde não há pão todos ralham e ninguém

 tem razão

Casa onde entra o sol não entra o médico
> Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal

a ninguém
> Cesteiro que faz um cesto faz um cento,se lhe

derem verga e tempo
> Com a verdade me enganas
> Com papas e bolos se enganam os tolos
> Comer e o coçar o mal é começar
Dar às de vila diogo (fugir)

Devagar se vai ao longe
> Depois de fartos, não faltam pratos
> De noite todos os gatos são pardos
> Desconfia do homem que não fala e do cão que

não ladra
> De Espanha nem bom vento nem bom casamento
> De pequenino se torce o pepino
> De grão a grão enche a galinha o paparrão
> Devagar se vai ao longe
> De médico e de louco, todos temos um pouco
> Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és
> Diz o roto ao nu 'Porque não te vestes tu?'
> Depressa e bem não há quem
> Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer
> Depois da tempestade vem a bonança
> Da mão à boca vai-se a sopa
> Deus ajuda, quem cedo madruga
> Dos fracos não reza a história
> Em casa de ferreiro, espeto de pau
> Enquanto há vida, há esperança
> Entre marido e mulher, não se mete a colher
> Em terra de cego quem tem olho é rei
> Erva daninha a geada não mata
> Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém

tem razão
> Em tempo de guerra não se limpam armas
> Falar é prata, calar é ouro
> Filho de peixe, sabe nadar
> Gaivotas em terra, tempestade no mar
> Guardado está o bocado para quem o há de comer
> Galinha de campo não quer capoeira
> Gato escaldado de água fria tem medo
> Guarda o que comer, não guardes o que fazer
> Homem prevenido vale por dois
> Há males que vêm por bem
> Homem pequenino ou é velhaco ou dançarino
> Ignorante é aquele que sabe e se faz de tonto
 Junta-te aos bons, serás como eles, junta-te aos maus,

 serás pior do que eles
> Lua deitada, marinheiro de pé
> Lua nova trovejada, 30 dias é molhada
> Ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão
> Longe da vista, longe do coração
> Mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar
> Mal por mal, antes na cadeia do que no hospital
> Manda quem pode, obedece quem deve
> Mãos frias, coração quente
> Mais vale ser rabo de pescada que cabeça de sardinha
> Mais vale cair em graça do que ser engraçado
> Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
> Mais vale perder um minuto na vida do que a vida num

minuto
> Madruga e verás trabalha e terás
> Mais vale um pé no travão que dois no caixão
> Mais vale uma palavra antes que duas depois
> Mais vale prevenir que remediar
> Morreu o bicho, acabou-se a peçonha
> Muita parra pouca uva
> Muito alcança quem não se cansa
> Muito come o tolo mas mais tolo é quem lhe dá
> Muito riso pouco siso
> Muitos cozinheiros estragam a sopa
> Não há mal que sempre dure, nem bem que não se

 acabe
> Nuvem baixa sol que racha
> Não peças a quem pediu nem sirvas a quem serviu
> Nem tudo o que reluz é ouro
> Não há bela sem senão
> Nem tanto ao mar nem tanto à terra
> Não há fome que não dê em fartura
> Não vendas a pele do urso antes de o matar
> Não há duas sem três
> No meio é que está a virtude
> No melhor pano cai a nódoa
> Nem contas com parentes nem dívidas com

ausentes
> Nem oito nem oitenta
Ne tudo que brilha é ouro

> Nem tudo o que vem à rede é peixe
> No aperto e no perigo se conhece o amigo
> No poupar é que está o ganho
> Não dá quem tem, dá quem quer bem
> Não há sábado sem sol, domingo sem missa nem

  segunda sem preguiça
   O saber não ocupa lugar
> Os cães ladram e a caravana passa
> O seguro morreu de velho
> O prometido é devido
> O que arde cura o que coça sara e o que aperta

   segura
> O segredo é a alma do negócio
> O bom filho à casa retorna
> O casamento e a mortalha no céu se talha
> O futuro a Deus pertence
> O homem põe e Deus dispõe
> O que não tem remédio remediado está
> O saber não ocupa lugar
> O seguro morreu de velho
> O seu a seu dono
> O sol quando nasce é para todos
> O ótimo é inimigo do bom
> Os amigos são para as ocasiões
> Os opostos atraem-se
> Os homens não se medem aos palmos
> Para frente é que se anda
> Pau que nasce torto jamais se endireita
> Pedra que rola não cria limo
> Para bom entendedor meia palavra basta
> Por fora bela viola, por dentro pão bolorento
> Para baixo todos os santos ajudam
> Por morrer uma andorinha não acaba a primavera
> Patrão fora, dia santo na loja
> Para grandes males, grandes remédios
> Preso por ter cão, preso por não ter
> Paga o justo pelo pecador
> Para morrer basta estar vivo
> Para quem é, bacalhau basta
> Passarinhos e pardais,não são todos iguais
> Peixe não puxa carroça
> Pela boca morre o peixe
> Perde-se o velho por não poder e o novo por não

saber
> Pimenta no cu dos outros para mim é refresco
> Presunção e água benta, cada qual toma a que quer
   Quando a esmola é grande o santo desconfia
> Quem espera sempre alcança
> Quando um não quer, dois não discutem
> Quem tem telhados de vidro não atira pedras
> Quem vai à guerra dá e leva
> Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte,

ou é

  tolo ou não tem arte
> Quem sai aos seus não degenera
> Quem vai ao ar perde o lugar e quem vai ao vento

perde

  o assento
> Quem semeia ventos colhe tempestades
> Quem vê caras não vê corações
> Quem não aparece, esquece; mas quem muito aparece,

tanto lembra que aborrece

> Quem casa quer casa
> Quem come e guarda, duas vezes põe a mesa
> Quem com ferros mata, com ferros morre
> Quem corre por gosto não cansa
> Quem muito fala pouco acerta
> Quem quer festa, sua-lhe a testa
> Quem dá e torna a tirar ao inferno vai parar
> Quem dá aos pobres empresta a Deus
> Quem cala consente
> Quem mais jura é quem mais mente
> Quem não tem cão, caça com gato
> Quem diz as verdades, perde as amizades
> Quem se mete em atalhos não se livra de trabalhos
> Quem não deve não teme
> Quem avisa amigo é
> Quem ri por último ri melhor
> Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha
> Quanto mais te agachas, mais te põem o pé em cima
> Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto
> Quem diz o que quer, ouve o que não quer
> Quem não chora não mama
> Quem desdenha quer comprar
> Quem canta seus males espanta
> Quem feio ama, bonito lhe parece
> Quem não arrisca não petisca
> Quem tem boca vai a Roma
> Quando o mar bate na rocha quem se lixa é o

 mexilhão
> Quando um cai todos o pisam
> Quanto mais depressa mais devagar
> Quem entra na chuva é pra se molhar
> Quem boa cama fizer nela se deitará
> Quem brinca com o fogo queima-se
> Quem cala consente
> Quem canta seus males espanta
> Quem comeu a carne que roa os ossos
> Quem está no convento é que sabe o que lhe

vai dentro
> Quem muito escolhe pouco acerta
> Quem nada não se afoga
> Quem nasceu para a forca não morre afogado
> Quem não quer ser lobo não lhe vista a pele
> Quem não sabe é como quem não vê
> Quem não tem dinheiro não tem vícios
> Quem não tem panos não arma tendas
> Quem não trabuca não manduca
> Quem o alheio veste, na praça o despe
Quem o seu cão quer matar chama-lhe raivoso
 Quem paga adiantado é mal servido
 Quem parte velho paga novo

 Quem sabe faz, quem não sabe ensina
 Quem tarde vier comerá do que trouxer
 Quem te cobre que te descubra

 Quem tem burro e anda a pé mais burro é
 Quem tem capa sempre escapa

 Quem tem cem mas deve cem pouco tem
 Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita
 Quem tudo quer tudo perde
 Quem vai ao mar avia-se em terra
 Quem é vivo sempre aparece
 Querer é poder
 Recordar é viver
 Roma e Pavia não se fez em um dia
 Rei morto, rei posto
 Se em terra entra a gaivota é porque o mar a enxota
 Se sabes o que eu sei, cala-te que eu me calarei
 Santos da casa não fazem milagres
 São mais as vozes que as nozes
Toda brincadeira tem sempre um pouco de verdade
 Todo o homem tem o seu preço
 Todos os caminhos vão dar a Roma
Tristezas não pagam dívidas
 Uma mão lava a outra
 Uma desgraça nunca vem só
 Vale mais um toma que dois te darei

 Vão-se os anéis e ficam-se os dedos
 Vozes de burro não chegam aos céus
 Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades
  

SE CONHECEM MAIS ALGUM, NÃO HESITEM EM

ADICIONÁ-LO

 Lisboeta vai requerer a sua reforma

Um senhor entrou na Caixa Nacional de Pensões para se

 registar e começar a receber sua reforma após de 40 qnos

 de trabalho. Depois de esperar na fila durante muito tempo.

Quando ele chegou ao balcão, a senhora que o atendeu

Pediu-lhe alguns documentos para poder verificar a sua idade,

 etc.

 Ele procurou nos bolsos e chegou à conclusão que tinha

deixado sua carteira em casa. Frustrado, ele explicou à

funcionária o que aconteceu e perguntou-lhe:

 - Tenho que ir para casa e voltar para essa fila enorme?

 A senhora diz-lhe:

 - Não é preciso, apenas desabotoe sua camisa.

 Então ele abre sua camisa, mostrando os pelos brancos

no seu peito. A ela disse-lhe:

 - Isso é uma prova suficiente para mim, e processa seu

registo da reforma.

. Quando chega em casa, o homem animadamente conta

 à esposa (uma transmontana natural de uma freguesia

do Vale da Vilariça mais nova do que ele dez anos),

 o que tinha acontecido com ele na C.Nacional de Pensões.

 Impressionado com a boa-vontade da funcionária que o

atendeu.

A esposa, então responde-lhe:

 -Tu deverias ter abaixado as calças! podias começar a

receber uma dupla a pensão por invalidez também!...