quinta-feira, 9 de março de 2017

Refilão sem-abrigo (bezunta)

BRONCO


Ele nunca se lava , só usa sórdidos fatos
A fragrância que exala é  pura agressão
Quando caminha expele tantos flatos
Que parece defecar-se por sublimação


O néscio  anda ao som dos seus flatos
A quem o ouve mostra certa insolência
Que ecoam como nozes em patas de gatos
Pela expulsão, de uma contínua flatulência


Parece soldado a  marchar a toque de caixa  
Em alto som de um natural e grande tambor
Toda a residente que tem a janela baixa


Depressa a fecha ao vê-lo passar na rua
Não o quer ver, nem sentir o seu odor
A matéria fecal de alho e  a cebola crua



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